quarta-feira, 21 de abril de 2010

Lua...

A lua cheia surgia soberana no véu negro, dando forma a abobada rústica pontilhada de estrelas. Bailando com nuvens escuras, cheias demais prestes a transbordar.
E ela permanecia alva luna no céu bruno, intangível e farta a impedir as nuvens de chorar. Quantas noites como aquela poderiam ser vistas por olhos simples e mortais sem que nenhum significado cravasse a brasas em suas mentes ignóbeis e toscas?
Sendo ela de tão aprazível luminescência, perpétua aos enamorados que juram amores sob seus cuidados e desventurados olvidaram coagindo os céus a prantear.
E seus lúgubres gemidos, riscando os céus em formas de raios, transformando tudo em sanha, para derramar na terra toda a dor que lhe causaram.
E então se esvanece, minguando até quase sumir. Ansiando uma nova jura, crescendo com um novo amor.

2 comentários:

D. Pimentel disse...

Bem romântico, no sentido da fase romantismo da literatura. Gostei, até porque estou numa fase muito carente de minha vida. Beijos amo vc!

Isabel disse...

Adorei o texto... :)

beijinho
Isabel